Dirigentes do SINTTEL-RS participaram, na sexta (22), do ato contra a reforma da previdência realizado em Porto Alegre e em diversas cidades do País. O Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, chamada pelas centrais sindicais, reuniu milhares de trabalhadores(as), estudantes, aposentados(as), lideranças políticas de esquerda, deputados e ex-deputados, que foram às ruas para protestar contra a reforma do governo Bolsonaro. A atividade iniciou com concentração na Esquina Democrática, no centro da Capital, de onde saiu uma caminhada pelas ruas centrais de Porto Alegre, até o Largo Zumbi dos Palmares.
Segundo informações da CUT-RS, em pelo menos 72 cidades o Estado como Caxias do Sul, Rio Grande, Pelotas, Novo Hamburgo, Igrejinha, Taquara, São Leopoldo, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Santa Rosa, também realizaram manifestação, atingindo cerca de 1 milhão de gaúchos e gaúchas.
Apesar do tamanho e da abrangência das manifestações, a mídia silenciou sobre os atos, mostrando de que lado está nesta reforma que prejudica brutalmente os trabalhadores e praticamente acaba com este direito e compromete as gerações futuras.
Também lembraram que nos países onde este modelo de previdência, o da capitalizaçao, foi imposta, como no Chile, hoje os aposentados vivem em estado de miséria.
Outra mentira do governo desmontada durante o ato, é a de que a reforma acaba com privilégios. Isso não é verdade, ao contrário setores como juízes, ministros, políticos não terão suas aposentadoria alteradas e a proposta apresentada para os militares aumenta em dois anos o tempo de rabalho para alguns, mas concede mais de 120% de aumento através de diversos benefícios, ou seja, uma proposta que melhora ainda mais os salários deste segmento na aposentadoria.
A alegada economia de um trilhão de reais que o governo diz que vaz fazer sairá exclusivamente dos trabalhadores do regime geral da cidade e do campo, ou seja, daqueles que estão entre os que recebem cerca de um a dois salários mínimos de aposentadoria.
Durante as falas, os dirigentes destacaram que este foi um primeiro ato nacional contra a reforma. Mas o objetivo é construir uma greve geral, a exemplo da realizada em abril de 2017, que teve um efeito importante e barrou a proposta de reforma de Temer.
Também foi defendida a unidade das centrais e dos trabalhadores para barrar esta reforma.
O SINTTEL-RS chama os trabalhadores a acompanharem as informações sobre a reforma da previdência e a não se deixarem enganar. Assim como a reforma trabalhista, aprovada com a “promessa” de que iria gerar empregos hoje resulta em mais desemprego, trabalhos precários, retirada de direitos e redução dos salários, a reforma da previdência também está sendo vendida como “necessária”, mas na verdade representará o fim de um dos mais importantes direitos dos trabalhadores, que é a sua aposentadoria.
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Assessoria de Comunicação
24/03/2019 20:22:47