O valor do conjunto de alimentos básicos apresentou redução em 24 das 27 capitais brasileiras onde o DIEESE, em parceria com a Conab, realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. A comparação entre julho e agosto de 2025 mostra que as maiores quedas ocorreram em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%).
Apesar da retração, o custo da cesta segue elevado nas principais capitais do país. São Paulo continua liderando o ranking com a cesta mais cara, avaliada em R$ 850,84, seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34).
SALÁRIO-MÍNIMO NECESSÁRIO – Tomando como referência a cesta mais cara (São Paulo), o DIEESE calcula mensalmente o salário-mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas, conforme determina a Constituição.
Em agosto de 2025, esse valor deveria ter sido de R$ 7.147,91, ou 4,71 vezes o salário-mínimo oficial de R$ 1.518,00. No mês anterior, julho, o valor estimado havia sido de R$ 7.274,43. Em agosto de 2024, o salário-mínimo necessário era de R$ 6.606,13, equivalendo a 4,68 vezes o mínimo vigente na época (R$ 1.412,00).
Já o tempo médio de trabalho necessário para adquirir a cesta básica em agosto de 2025 foi de 101 horas e 31 minutos, menor que o registrado em julho (103 horas e 40 minutos). Em agosto de 2024, a jornada média era de 102 horas e 08 minutos.
Quando se compara o custo da cesta ao salário-mínimo líquido — após o desconto de 7,5% da Previdência Social —, o estudo aponta que o trabalhador que recebe o piso comprometeu 49,89% da renda líquida com a compra dos alimentos básicos. Esse percentual havia sido de 50,94% em julho deste ano e de 50,19% em agosto do ano passado.
Assessoria de Comunicação
08/09/2025 19:35:27