SINTTEL-RS repudia atos em defesa da ditadura e contra a vida

O SINTTEL-RS vem se somar a diversas entidades que se manifestaram contra as manifestações neofacistas realizadas no domingo (19). Os atos, que tiveram integral apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro, que atentam contra as conquistas democráticas e a saúde do povo brasileiro, neste momento de necessário isolamento social como principal forma de conter a pandemia do novo coronavírus (Covido-19).

O povo brasileiro não pode aceitar a participação de um presidente em manifestações em frente ao comando geral do Exército, em Brasília, o que viola a Constituição Brasileira. Também não podemos aceitar o ataque as instituições democráticas, com pedidos de retorno dos governos militares e do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que rompeu com todas as garantias aos cidadãos, inclusive o habes corpus, fechou o Congresso e acabou com direitos como o de manifestação e organização, dando ao Estado, o direito de prender, torturar e matar sem prestar qualquer contas à sociedade.

Além disso, as manifestações do domingo, representaram também um atentado contra a saúde público, com aglomeração de pessoas em diversas cidades.

Em Porto Alegre, vimos um triste episódio de agressão a uma mulher e a jornalistas, por parte dos manifestantes pró-Bolsonaro, inaceitáveis numa democracia.

Mas ainda mais grave, foi o pronunciamento de Bolsonaro, de caráter golpista, autoritário e subserviente aos interesses do capital internacional, num tom de clara beligerância, evidenciando ainda mais o seu pensamento, que nunca escondeu seu desprezo pela democracia e suas instituições. Mostrou, mais uma vez, que o compromisso de Bolsonaro é com o poder econômico e com o grande empresariado estando acima inclusive a vida da população que ele teria a obrigação de proteger.

Tanto que o governo tem se aproveitado da pandemia da Covid-19 para editar mediadas que atacam os trabalhadores, os setores mais empobrecidos da sociedade. Não por acaso, ele já manifestou diversas vezes que “alguns vão morrer, mas isso é assim mesmo”. Este é o tipo de pensamento que norteia este governo, especialmente porque, pela sua ótica, quem tem mais chance de morrer são os mais desassistidos de recursos e idosos, exatamente os que “pesam” na previdência e programas sociais. De acordo com sua necropolítica, ao não proteger estes segmentos, Bolsonaro leva à cabo a sua reforma da previdência, que visa apenas a economia.

É preciso parar este governo. Exigir que todos os esforços do Estado brasileiro e das instituições estejam, neste momento, voltados para preservar a vida, fortalecer a democracia e dar assistência aos trabalhadores e a população que mais precisa de políticas públicas. Qualquer coisa diferente disto é oportunismo, demagogia e descaso com a vida de cada cidadão.

SINTTEL-RS

22/04/2020 12:15:05