O presidente da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Saúde de Autogestão (ANAPAR), Marcel Barros, esteve, dia 19 de agosto, na sede da AACRT, quando falou sobre os ataques à aposentadoria dos trabalhadores e em defesa dos direitos conquistados e chamou todos à luta contra estes ataques sistemáticos. Participaram do encontro a direção regional da ANAPAR, diretores do SINTTEL-RS e da AACRT, integrantes do GINP, representantes da CUT-RS, de sindicatos de outras categorias e representantes de vários fundos de previdência complementar.
Ao falar sobre a gestão dos fundos de pensão, Marcel alertou os participantes a tomarem cuidado com as propostas de retirada de patrocínio e migração para novos planos. Muitas vezes, eles apresentam uma “cerejinha no bolo” para atrair os desinformados a aderirem a planos com redução de benefícios e outras maldades. “O capital quer administrar o patrimônio dos trabalhadores e não quer a nossa participação na gestão”, analisou. “A nossa unidade está na defesa dos planos e nos direitos conquistados.”
Ele defendeu um “intercâmbio internacional” com os participantes de fundos de pensão de outros países, uma vez que várias instituições estrangeiras são acionistas de empresas aqui privatizadas que atacam os direitos de trabalhadores brasileiros. “Quando se aplica dinheiro no exterior não se sabe o que estão fazendo com ele”. Para ele, “o dinheiro do trabalhador canadense, por exemplo, pode estar sendo usado para roubar o trabalhador brasileiro. O recurso para garantir uma aposentadoria digna não pode aviltar a dignidade de outros trabalhadores”, acentuou.
Fortalecer o sistema de previdência complementar
Marcel defendeu o fortalecimento do sistema de previdência complementar, que garante aposentadorias e pensões para milhares de trabalhadores e trabalhadoras, bem como das entidades de autogestão em saúde suplementar. “O mercado está olhando a nossa saúde como mercadoria”, advertiu.
Ao final, Marcel defendeu a importância de mudanças no país, incluindo o Congresso Nacional para alterar a correlação de forças. Ele lembrou que há vários projetos de alteração das leis complementares (LC) 108 e 109/2001, como o Projeto de Lei Complementar (PLC) 84/2015, de autoria da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), construído com a Anapar, que precisa ser resgatado e atualizado, na perspectiva dos interesses dos participantes. “O envelhecimento digno é um direito”, disse ele, acrescentando que a ANAPAR não faz nada sozinha, mas com as entidades é possível fazer mais e garantir avanços.
Os participantes também puderam se manifestar, destacando os problemas enfrentados por diferentes categorias como os próprios telefônicos, além dos eletricitários, petroleiros, bancários, servidores públicos e trabalhadores do saneamento, dentre outros.
A reunião contou com a presença de vários dirigentes da Anapar e de sindicatos, como o SindBancários de Porto Alegre, Adufrgs-Sindical, Senergisul, Sindipetro-RS, Sindiágua-RS e Sintec-RS, além de diversas associações.
Assessoria de Comunicação
C/Informações da CUT-RS
29/08/2022 12:35:18
