Diretor do Sintrajufe-RS/CUT-RS visita SINTTEL-RS para tratar de temas do movimento sindical

O Diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União no Rio Grande do Sul (Sintrajufe/RS), Marcelo Machado Carlini, esteve em visita ao SINTTEL-RS, no dia 10/03, na ocasião representando também a CUT-RS, para tratar de assuntos que dizem respeito ao movimento sindical.

No encontro com o presidente do Sindicato dos Telefônicos, Gilnei Azambuja, e com o Diretor Cristiano Furtado Côrrea, o dirigente dos servidores do judiciário tratou de questão como a proposta a ser discuta com o governo sobre valorização e fortalecimento a taxa negocial e sobre a reforma sindical. Também foram discutidas a isenção do IR, o retorno da ultratividade dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT), extinta na reforma trabalhista, e uma breve conversa sobre a atual conjuntura política do Brasil.

De fato, as centrais sindicais estão discutindo ainda internamente e com os dirigentes sindicais, uma proposta de reforma sindical que deverá ser apresentada ao governo Lula. Na sequência, e antes de ser levado ao governo, a proposta será debatida em consultas junto às bases das centrais, os sindicatos propriamente ditos.

Dez centrais sindicais, entre elas a CUT, estão envolvidas neste debate. A ideia é que o documento final se torne um Projeto de lei a ser discutido no Congresso Nacional. Entre os itens que estão sendo debatidos estão valorização da negociação coletiva, com forte presença dos sindicatos nas tratativas; capacidade de as entidades se articularem com as federações e confederações para produção de acordos trabalhistas de maior amplitude; e previsão de mecanismos que fortaleçam a negociação (ferramentas de solução e arbitragem para situações de impasse em processo negocial, instrumentos que combatam práticas antissindicais), entre outros.

Os sindicatos foram fortemente atacados na reforma trabalhista de 2017. O objetivo nesta e em outras medidas tomadas pelo governo anterior, foi claramente desarticular e estrangular política e financeiramente as entidades sindicais, o que resultaria na total falta de capacidade dos trabalhadores de lutarem por seus direitos, deixando os patrões praticamente com a faca e o queijo na mão. No entanto, com todas as dificuldades, inclusive financeiras, os sindicatos conseguiram se manter funcionando e tendo um papel fundamental em tempos de desmonte de direitos e durante a pandemia.

Segundo a CUT, este debate não é novo e agora se faz ainda mais necessário, frente as novas relações de trabalho estabelecidas a partir do que mudou no mundo do trabalho, em função de diversos fatores, como, por exemplo, as novas tecnologias. A ideia é construir condições que deem conta destes novos cenários, garantindo os direitos, como é o caso dos trabalhadores em aplicativos, por exemplo.

Assessoria de Comunicação

20/03/2023 22:51:20