Reforma trabalhista completa 4 anos sem cumprir a promessa de gerar empregos alardeada pelo governo

Sempre que o governo quer articular alguma maldade contra os trabalhadores ou retirar direito, usa como argumento que a ação é necessária para gerar empregos. E sistematicamente os sindicatos alertam que esta conversa não passa de discurso fácil para vender uma situação que nunca acontece. Foi assim em todas as privatizações, em todas as reformas, em todas as alterações na legislação.

Em quatro anos de sua entrada em vigor, marcados neste dia 11 de novembro, a reforma trabalhista apenas gerou desemprego, promoveu a terceirização sem limites, aumentou a informalidade e fragilizou os sindicatos. As promessas de milhões de empregos, não se cumpriram e só quem saiu ganhando foram os empresários, que hoje tem muito menos obrigações com seus trabalhadores e veem seus lucros aumentar na mesma proporção em que cresce a precarização.

Isso sem falar que junto ao desmonte dos direitos, veio a precarização nas condições de trabalho e, consequentemente, na saúde e segurança dos trabalhadores.

Os empregos não vieram

Quando foi anunciada pelo então presidente Temer e seus aliados, mentiam dizendo que a reforma iria gerar 2 milhões de empregos em 10 anos e diminuir a informalidade. Hoje, o que estamos vendo, piorado com o aprofundamento desta reforma por Bolsonaro, são mais de 14 milhões de desempregados e cerca de 24 milhões de brasileiros em empregos precários e informais (40,8% em julho/21 segundo o IBGE), sem qualquer direito. Desde a reforma, o total de desempregados subiu de 12,3 milhões para 14,1 milhões de pessoas. Na contramão, cresceu, entre janeiro e setembro deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o número de trabalhadores com contrato intermitente (61,5 mil) e de trabalhadores parciais (35,7 mil).

Assim, entre os “avanços” da reforma, o que temos hoje são empregos com contrato intermitente, redução do pagamento de horas extras para algumas categorias profissionais e o enfraquecimento dos sindicatos, principais ferramentas de luta e de defesa das garantias dos trabalhadores.

Já era ruim, mas ficou pior

O que começou com Temer se manteve e foi piorado com Bolsonaro. Diversas medidas retiraram mais direitos e precarizaram mais as condições de trabalho e de saúde e segurança dos trabalhadores, como as alterações nas Normas Regulamentadoras (NRs).

Em 2020 a base de apoio de Bolsonaro aprovou, na Câmara dos Deputados, uma minirreforma trabalhista, que retirava ainda mais direitos e flexibilizava as regras, beneficiando ainda mais os empresários. Felizmente, o projeto de tão ruim e penoso, não passou no Senado.

Luta permanente

Por isso, a luta dos trabalhadores, especialmente em governo neoliberais, é permanente. E para isso, são necessários sindicatos fortes. Não por acaso, o governo tenta, sistematicamente, enfraquecer e até acabar com as entidades sindicais. É do movimento sindical que vêm as grandes ações de resistência aos desmonte dos direitos trabalhistas. Por isso, é importante que os trabalhadores se aliem e participem do Sindicato, que atendam aos chamados de manifestações e saiam às ruas, para derrotar governos que atacam seus direitos.

Assessoria de Comunicação

11/11/2021 16:09:36