Audiência pública discutiu a venda da Oi Móvel

Na semana passada, dia 21 de outubro, durante audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados que discutiu a venda da Oi para a Tim, Claro e Vivo, foi reiterado o que o SINTTEL-RS vem denunciado há tempos: quem vai pagar esta conta serão os trabalhadores e a população.  Tanto que um dos principais temas tratados no encontro pelo requerente da audiência, o deputado Elias Vaz (PSB/GO), foi os prejuízos para a população com a operação.

Para o parlamentar, a compra da unidade móvel da Oi pelas três grandes operadoras poderá ter efeitos negativos para os usuários da operadora. "Será, sem dúvida, um péssimo negócio para o consumidor. Com menos concorrência, o serviço vai ficar mais caro e pode piorar", afirmou.

Na mesma linha o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apresentou dados que apontam que as tarifas praticadas hoje pela Oi por serviços de internet móvel poderão dobrar, caso a operação de seja autorizada.

Levantamento apresentado pelo Idec mostrou que a Oi é a empresa com planos mais acessíveis entre todas as outras. Exemplos mostraram que hoje, o cliente pode pagar R$ 30 pelo serviço pré-pago, para utilizar por 31 dias, e ter acesso a 30 GB de internet. Na Vivo, por 15 dias, o preço cobrado é de R$ 19,99 e a oferta é de 4GB. Já na TIM, é de R$ 60/mês por 20 GB e na Claro é de R$ 29,99/mês por 6 GB.

Também foi tratado na audiência outras questões como o uso de espectro para os chamados novos entrantes, como ocorreu na experiência de internet fixa e a garantia, inclusive via judicial, se for o caso, o direito dos consumidores, especialmente frente aos dados apresentados na audiência, que apontam para aumento de preços para os usuários, a redução de empresas num setor já oligopolizado, entre outros.

Os representantes da empresa na audiência defenderam que “todo o processo de aquisição está sendo transparente, respeitando a legislação brasileira e seguindo as decisões da Assembleia Geral de Credores (AGC) da empresa e da Justiça do Rio de Janeiro”.

O SINTTEL-RS continua acompanhando estes movimentos, já esteve reunido com o presidente da OI e tem buscado garantir que os impactos para os trabalhadores, tanto na questão dos empregos como dos direitos, sejam os menores possíveis.

Assessoria de Comunicação

26/10/2021 13:25:40