Oi está minguando, quem apagará a luz?

Nesta quarta-feira (01), às federações se reuniram com o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, no sentido de atualizar as mudanças em andamento após aprovação do aditamento do novo plano no processo de recuperação judicial, que consiste e entregar o patrimônio construído pelos trabalhadores por longos anos.

Para piorar, nesta reunião foi anunciado mais um plano de desligamento de 800 trabalhadores. Porém desta vez não terá um prazo para o próprio trabalhador aderir como foi em novembro de 2020.  As demissões serão direcionadas, iniciando agora em setembro e se estendendo até o final de 2021.

Veja abaixo como fica o tal "programa de proteção social":

- 0,15 salários nominais por ano trabalhado;

- Limite de 6 salários;

- Sem quaisquer descontos (inclusive do IR);

- Extensão do plano médico/hospitalar por 6 meses para quem tiver igual ou menos que 10 anos de empresa; por 8 meses para quem tiver mais que 10 e menos de 15 anos; por 10 meses para quem tiver mais de 15 e menos de 20 anos e 12 meses para quem tiver mais que 20 anos;

- Extensão do plano odontológico por 6 meses para todos;

- Extensão do seguro de vida por 6 meses para todos;

- Não descontar a carga dos tíquetes do último mês;

- Início este mês de setembro e conclusão em 31 de dezembro de 2021;

A Fitratelp demonstrou toda insatisfação com mais esta decisão de encolhimento da empresa, além de não ter à certeza que a "Nova Oi" sobreviverá nos próximos anos.

Questionamos sobre o Futuro da Serede e  Telemont, e a conversa é a mesma, ou seja, está garantido que será a Serede que prestará mão de obra para a V-Tal (BTG Pactual), e que a Telemont continuará atuando nos mesmos  estados de hoje.

Sobre a Fundação Atlântico, também foi confirmado que os trabalhadores participantes que migrarem para a V-Tal ficarão no mesmo plano atual. Já quanto aos acordos coletivos com a V-Tal, também serão os mesmos da Oi.

Quanto ao PPR/Placar 2021, a notícia também é péssima, pois hoje os indicadores apontam para menos de 0,5 salários. Já as lojas Paggo, também encolherão de tamanho.

Por fim as entidades exigiram mais apoio para qualificação profissional.

Nada do que está acontecendo é surpresa para os trabalhadores. Desde o início do processo de desmonte e reestruturação da Oi o SINTTEL-RS vem alertando os trabalhadores dos problemas e que seriam estes a pagarem a conta da irresponsabilidade, incompetência e ganância de uma política que acaba com o que é público para entregar ao setor privado. Esta situação é um retrato fiel do resultado da privatização.

Assessoria de Comunicação

02/09/2021 12:41:42