Greve dos entregadores expõe a precarização total do trabalho

Está marcada para o dia 1º de julho, uma greve nacional de 24 horas dos trabalhadores em entregas de aplicativos. O movimento é para denunciar a total precarização do trabalho imposta a estes trabalhadores, que não têm qualquer direito, têm que cumprir metas absurdas, sofrem todo tipo de penalização e com pagamentos irrisórios.

O Brasil tem hoje cerca de 10,1 milhões de trabalhadores por aplicativo. Muitos aderiram a este serviço depois de passarem mais de ano procurando emprego sem ter uma oportunidade. Eles relatam jornadas de até 16 horas por dia, risco de vida no trânsito para cumprirem o número de entregas exigidos pelos aplicativos e nenhum auxílio em caso de acidente ou adoecimento, além de não terem qualquer direito trabalhista.

Empreendedor do quê?

Ironicamente, o governo e os aplicativos chamam a estes trabalhadores de “empreendedores”. Querem vender a ideia de que trabalham por conta, são donos de seu “negócio”, de sua vida, fazem seu horário, como se fossem vantagens. Na prática, trata-se de um trabalho extenuante, cheio de risco, não têm sábado, domingo ou feriado, mal remunerado (muitos não ganham sequer um salário mínimo por mês), sem qualquer regulamentação, proteção social ou garantia de futuro.

Por isso, e para apoiar a luta destes trabalhadores, que soma na luta da classe trabalhadora, independente do setor, é que o SINTTEL-RS pede a categoria o apoio a esta greve. No dia 1º de julho, não faça qualquer pedido por apliativo e, na medida do possível, demonstre sua solidariedade a esta greve.

A luta de um trabalhador é a luta de todos!

Assessoria de Comunicação

30/06/2020 16:18:08

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