SINTTEL-RS participa de ato contra a destruição das Normas de Segurança pelo governo Bolsonaro

O SINTTEL-RS participou, no dia 9 de agosto, das atividades que denunciaram e protestaram contra a destruição das Normas de Segurança (NR’s) que vem sendo feita pelo governo Bolsonaro.

As atividades iniciaram pela manhã, com uma reunião do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST), do qual o SINTTEL-RS é integrante. O encontro foi no auditório do Sindipolo e teve a participação do ex-ministro da Previdência do governo Dilma, Miguel Rossetto.

reunião no Sindipolo

Segundo o ex-ministro, "a experiência nacional e mundial mostra que a superação da realidade dos acidentes do trabalho exigem um permanente e gigantesco cuidado, estatal e privado, que combine muita informação, muita prevenção, melhores tecnologias, punição rigorosa de infratores e um processo contínuo de avaliação e aprendizado sobre o que funciona".

"Eliminar as CIPAS, as políticas de prevenção e as normas regulamentadoras, bem como impedir a fiscalização dos locais de trabalho, são ações que estão na contramão das políticas mundialmente reconhecidas como efetivas para o combate aos acidentes", enfatizou Rossetto, que também defendeu a importância das NRs no mundo do trabalho, reforçando a necessidade de mobilização das entidades sindicais para combater os retrocessos do governo.

Em seguida, os participantes saíram em caminhada ate a Esquina Democrática, no centro da Capital, onde foi realizado um ato, ao meio-dia. Durante as manifestações os dirigentes sindicais e lideranças da área da saúde do trabalhador denunciaram que o governo Bolsonaro quer destruir as Normas Regulamentadoras (NRs) de segurança e saúde no trabalho, o que irá aumentar ainda mais as mortes, os acidentes e as doenças ocupacionais. 

Participaram dirigentes de vários sindicatos de trabalhadores, integrantes do FSST, que usaram o microfone do aparelho de som para dialogar com a população sobre a necessidade de manter as NRs, que têm sido fundamentais para garantir melhores condições de trabalho. Eles ressaltaram que o desmonte dessas normas visa reduzir os custos das empresas com equipamentos e medidas de prevenção, sem levar em conta a segurança, a saúde e a vida de quem trabalha em ambientes cada vez mais precários. 

Números alarmantes

Conforme dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), entre 2012 e 2018, morreram vítimas de acidentes de trabalho cerca de 16 mil trabalhadores. No Brasil, a cada 49 segundos, acontece temos um acidente envolvendo um trabalhador. A cada intervalo de três horas, um profissional morre em decorrência de um acidente ocorrido no local de trabalho. São dados que o governo Bolsonaro quer esconder da população. E os números podem ser ainda maiores, já que é grande o número de subnotificações.

Hoje, quase 3 mil trabalhadores e trabalhadoras perdem a vida por ano em consequência de acidentes de trabalho, mais de 14 mil são afastados por lesões incapacitantes e mais de 700 mil têm doenças laborais, segundo dados oficiais da Previdência Social.

As NR’s salvam vidas

Na Esquina Demcrática, os dirigentes também distribuíram um manifesto com críticas aos ataques de Bolsonaro e defendendo a manutenção das NRs e a dignidade no trabalho.

No documento, é destacado que "toda e qualquer norma regulamentadora do ambiente de trabalho deve obrigatoriamente pautar-se nas premissas da dignidade da pessoa humana, do valor social do trabalho, do direito à vida, à segurança e à saúde”.

Assessoria de Comunicação

C/Informações da CUT-RS

11/08/2019 19:30:56