Pare e pense um pouco: por que os empresários querem que você vote no candidato deles?

Desde o final do primeiro turno nas eleições, vem crescendo as denúncias de pressão dos empresários para que os trabalhadores votem no candidato do patrão. As ameaças, aos empregados e fornecedores, vão desde redução de pedidos até ameaça de demissões e são dirigidos em 100% dos casos, aos trabalhadores que votarem em Lula. Para bom entendedor, tendo somente dois candidatos, fica claro em quem eles querem que os trabalhadores votem.

Mas pare e pense um pouco: Bolsonaro aprofundou a reforma trabalhista de Temer, para retirar direitos dos trabalhadores e agradar aos empresários; aprovou a reforma da previdência que praticamente acabou com a aposentadoria do trabalhador; aprovou inúmeros decretos e portarias retirando direitos, acabando com as normas de segurança, reduzindo os poucos direitos que sobraram, precarizando as condições de trabalho, tudo para atender aos interesses dos empresários. É claro que eles querem manter este governo que durante quatro anos atendeu a todos as suas demandas, mesmo que ao custo da miséria e de uma vida cada vez mais difícil para os trabalhadores.

Até mesmo durante a pandemia, o governo atendeu aos interesses dos empresários, mesmo que isso significasse aos trabalhadores pagar com a vida que seu patrão continuasse lucrando. A situação só não foi pior, pela intervenção dos sindicatos, que lutaram diariamente para garantir medidas de proteção aos trabalhadores.

Cada um e cada uma tem o direito de votar em quem quiser. A Constituição defende este direito que não pode ser negociado. Mas assédio eleitoral é crime. E se seu patrão quer tanto manter tal ou qual candidato como presidente, é óbvio o motivo: é porque será quem atenderá a todas as suas demandas, proporcionando cada vez mais lucro para ele e piorando ano a ano a vida do trabalhador.

AMEAÇAS

Uma das empresas denunciadas foi a Stara, de Não Me Toque (RS), cujo diretor administrativo financeiro da empresa em documento disse que “em se mantendo este mesmo resultado [vitória de Lula] no 2º turno, a empresa deverá reduzir sua base orçamentária para o próximo ano em pelo menos 30%”.

Outro caso é o da Extrusor, de Novo Hamburgo (RS). Em carta enviada aos fornecedores a empresa afirmou que com Lula eleito, ela passará a funcionar apenas de forma virtual, cortando contratos.

Houve ainda outros casos de vídeos de chefias e gestores intimidando os trabalhadores a não votarem em Lula e oferecendo “dinheiro” se Bolsonaro vencer a eleição. Isso tem nome, chama compra de votos e é crime.

Portanto, faça valer seu direito. Denuncie qualquer iniciativa de pressão e intimidação, o que caracteriza crime eleitoral. E, no dia 30 de outubro, vote com consciência a partir de sua própria escolha.

As denúncias podem ser feitas ao Sindicato, ao Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública ou diretamente no TSE através do link https://www.tse.jus.br/o-tse/corregedoria-geral-eleitoral/denuncias-1

Assessoria de Comunicação

06/10/2022 21:09:15

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