O IBGE divulgou, na terça-feira (11), o INPC de abril de 2021, que ficou em 0,38%. Com este resultado, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 7,59%. O índice serve como parâmetros para as negociações das categorias que têm DB em 1º de maio.
Apesar do índice, a realidade que os trabalhadores sentem no bolso é diferente. Isso porque os itens que compõe a cesta básica, têm tido constantes aumentos, muitos acima da inflação, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com o acompanhamento do DIEESE, em Porto Alegre, por exemplo, a cesta básica hoje fica R$ 626,11 e é a terceira mais cara entre as capitais.
Além disso, com base na cesta básica, o Departamento estima que o salário mínimo necessário, em abril, deveria ser equivalente a R$ 5.330,69, valor que corresponde a 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Ainda segundo o órgão, quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido (após o desconto referente à Previdência Social de 7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, na média, 54,36% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
E tudo isso em meio a uma crise sanitária e econômica, que levou mais de 14 milhões de brasileiros ao desemprego e colocou outros milhões na miséria e insegurança alimentar.
Esta realidade impõe às categorias em campanha salarial, uma intensa luta não só para garantir a recuperação da inflação, mas também para buscar um percentual de aumento real, além da manutenção de todos os direitos que integram os acordos coletivos.
Assessoria de Comunicação
13/05/2021 14:02:17